Curiosidades
Colaboração para Folha Online
- Vias de fato
Uma das maiores obras-primas do jazz, "Miles Davis and the Modern Jazz Giants", de 1954, quase resultou em confronto físico entre o trompetista e Monk. Miles dizia que o pianista estava errando os acordes e discutiu com ele quando o grupo começou a tocar "The Man I Love". Como tudo estava sendo gravado, Miles disse ao técnico: "Ponha isso no disco, ponha tudo". Na reedição em CD, a gravadora pôs. - Cochilo
Em 2006 foi lançado o CD duplo "The Complete 1957 Riverside Recordings", com todas as gravações em estúdio reunindo Monk e John Coltrane, incluindo os takes alternativos, com erros e conversas entre os músicos. Em um dos takes de "Crepuscule with Nellie", o gravador é ligado mas, nos primeiros segundos, nada acontece. Ninguém tinha percebido que, exaurido pelas gravações, ou sob efeito de drogas (não se sabe ao certo), Monk tinha cochilado ao piano. - Capa da "Time"
Em 64, a revista "Time" exibiu Monk na capa. Antes dele, só dois jazzistas mereceram tal honraria. - Filho de peixe
O baterista T.S. Monk, filho de Thelonious, é hoje um nome de prestígio no jazz. Ele já veio algumas vezes ao Brasil, liderando seu quinteto. Ele também dirige o Instituto Thelonious Monk, que todo ano realiza competições para revelar novos talentos. - Thelonious Monster
Depois de ter sido incompreendido até pelos jazzistas, Monk acabou conquistando os roqueiros. O ex-guitarrista do Police, Andy Summers, gravou um CD inteiro com músicas dele, "Green Chimneys". Outro tributo, "That's the Way I Feel Now", com o próprio Monk ao piano, teve convidados como o guitarrista Peter Frampton (que fez muito sucesso nos anos 70), o grupo pop (Was) Not Was e até o guitarrista de hard rock Todd Rundgren. E, nos anos 80, uma banda de Los Angeles adotou o divertido nome de Thelonious Monster.